Mas, não.
Então paro, respiro, e daria outra poesia para ela se as árvores pegassem a falar sobre tal ou tais primaveras de outros tempos, e se não houvesse nos rostos apressados a mão colada na boca para sustentar outras bocas aber-tas.
Ah!
Mas, os pássaros, cadê os pássaros, meu Deus, os que sempre foram tra-pezistas no espaço brumoso para me ajudar com o lápis e o caderno? E essa sirene, aonde vai parar com a urgência de ontem, igual aos dois cãezinhos de olhares fundos a me perguntar distantemente se sou o companheiro deles? Não há rumores de amor… Não há, e parece que tudo vive como se não tivesse nascido. Igual à poesia que quero, mas que não me mostra o seu atalho. Queria uma poesia assim, assim para ela. Uma que não cheire a… Ah, não! Não queria ir para o meu quarto, recolher-me em mim, porque aí, no fim, só dá… É, é isso mesmo: saudade.