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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Recado

Pelo feixe do luar,
prateados nossos beijos idos à noite,

nossas mãos entrançadas,
a selar o segredo do amor em açoite.

Pelo tempo impreciso,
procissão pairante da lerda saudade

que me prende a corrente
e me solta às astúcias da tempestade

da falta de você…
Pelo lasso de não mais lhe ser lembrado,

Deixo-lhe, ó, deusa (em vão?),
tão remissivo e rogativo recado:

por um feixe do luar,
no alpendre do álamo da mi’a nova vida,

guardo, cuido a você
nossos beijos idos à noite… Ó, querida!


A "pedido" de um coração esquecido e que, creio, vive à “estação de chegada” da sua nova vida.