Pelo
feixe do luar,
prateados nossos beijos idos à noite,
prateados nossos beijos idos à noite,
nossas mãos entrançadas,
a selar o segredo do amor em açoite.
Pelo tempo impreciso,
procissão pairante da lerda saudade
que me prende a corrente
e me solta às astúcias da tempestade
da falta de você…
Pelo lasso de não mais lhe ser lembrado,
Deixo-lhe, ó, deusa (em vão?),
tão remissivo e rogativo recado:
por um feixe do luar,
no alpendre do álamo da mi’a nova vida,
guardo, cuido a você
nossos beijos idos à noite… Ó, querida!
A "pedido" de um
coração esquecido e que, creio, vive à “estação de chegada” da sua nova vida.