Às mamães, em qualquer plano de vida.
Guardo u’a coisa mais que bonita...
Adivinha?
Mais que o canto de cuidado de maria-arrelia pra roseira da minha mãe: “tê-espin-ô!..., tê-espin-ô!... tê-espin-ô!”.
Guardo u’a coisa mais que bonita...
Adivinha?
Mais que os brincos de pedra do pote do arco-íris pra minha mãe: “bilili-bilim!, bilili- bilim!, os brincos brincam assim.
Guardo u’a coisa mais que bonita...
Adivinha?
Mais que o ovinho que se partia, se partia, se partia, e nasceu na minha mão o passarinho.
Adivinha?
Não adivinha!
Mais qu’eu fosse Princesa ao olhar da lua, mais que a lua, a minha mãe, toda em luz, entra no meu quarto e me cobre e me beija, me beija e se vai, se vai de novo para o Céu... O claro da minha mãe é mais que bonito que o claro da lua. Vejo da janela, ela voltar para o Céu...
Não guardo u'a coisa mais que bonita?
Guardo, sim.
Ah, eu sou Paulinha, viu?