Whats

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Paris! Paris! Paris!

“Será que é a gente mesmo, em cimão da Torre Eiffel? Nossinhora! Arrocho-a num abraço, e com mais um pouco estamos na Notre-Dame. Ques coisas de bonito! Tomados de espanto, abraço-a ainda mais, e, abraçados, as nossas pernas vão-se troçando pela Champs-Elysées...”

Acontece que a verdade é aqui, em Minas Gerais. No meu chãozinho em Minas, em que há esse negócio da manhãzinha entrar pelas gretas do telhado e a mãozinha dela, grossa da lida, a apertar a minha (Siô do Céu! Que bom que é a sua mãozinha de serviço de roça na minha, assim que a gente acorda... Nó!)

E é assim: toda vez que eu sonho, não sei como, ela sabe que estou sonhando. Hoje, justifiquei o sõe: “Foi de tanto oiá aquela rivista de Paris, ondinoite”. E agora, que estou no curralinho, e ao saber que ela está na cozinha, cuidando das coisas, ao ver a fumacinha na chaminé, eu paro de puxar as tetas da vaca Candinha pra voltar a sonhar. Sonho acordado, eu e ela, minha caipirinha, minha mineirinha, minha princesa, monamú, nós dois, naquele mundo encantado de Paris, Paris, Paris!