Um causinho de Seu Zequinha e dona Belinha, lá de Cabaça.
"Eu diria que o tempo é um fiapo de paina no ar com o poder de Thor”.
Olha, foi um... Ah, ele nem sabe o quê.
Mas ao que der e vier de um coração violeta de paixão, isso ele tira de letra.
Pisou na lua – pensou - à procura duns pingentes: brincos de estrela.
Brincos tão sonhados para quem, hã?
Para ela, a Belinha!
Mas que viu, não era a lua, e sim o chão, o chão de Cabaça.
E o chão se lhe sumiu dos pés, porque Belinha deu de ombro, pouco caso fez dos brincos.
Aí ele se despencou do sonho.
Mas conseguiu frear o coração
― que coração fica buliçoso e feliz com o que não tem.
Deu tempo ao sobressalto da paixão: toma, tempo, toma conta.
E aí, o que se deu? Tá escutando Belinha, lá na bica?
Pois é, Belinha canta e assobia e arremeda bicho e os passarinhos.
Não tira os brincos pra nada; nem para o lustre.
Belinha é esse bonito da sua vida, dês que ele abriu a porta pros seus suspiros.
Hoje, é um... Ah, ele nem sabe o quê.
Mas ao que der e vier dos corações debaixo da coberta, isso Seu Zequinha tira de letra.
(Fim da prosinha, lá-e-vem dona Belinha pro cafezim, balangando os brincos. O meu olhar bate aqui e ali, nas florezinhas, e descamba pro mais longe, pros ipês, pro azul da serra).