A festa, o quintal de sabores e cheiros, pássaros, roseiras e pés de figo no terreiro, e o coração dele a se tingir ao manacá, por tê-la visto à varanda.
Viu-a, e um desfio de saudade se lhe rompeu: os olhos da alma correram o lugarejo cortado por riozinho, onde nasceram. No entanto, o afã dos seus olhos por ela cortava o filme da saudade.
O tempo de criança, ele e ela e os outros a brincar no riozinho, foi-se mirrando e, de pronto, mirradinho. É que num pouco que o olhar dela topou o dele, um fiozinho de ímã se teceu do seu coração até ela.
Embora apagadinha, a lembrança, assim como a esperança, quando vê, pega vupt! Aí que’stá: uma passagem, a que ele queria morta, lhe saltou. Nela, ela se joga no riozinho e bate braços, à espera do mocinho. Que se quer cair no rio, fazer bonito, outro o faz e salva a mocinha. Disse, consigo: “Ô diacho!”
Largadas de mão as minúcias de saudade, o jeito foi dar jeito na convulsão das pernas, enquanto se lhe troteava o coração. Este batia “Vá para ela, sô!”, mas as pernas tremiam. Então, respirou fundo e optou por quem manda é o coração.
Olhos nos olhos, ela quase não teve força para destampar um “Oi”. Ele se fez forte e arrastou o “Como vai você, flor”. Aí, que ia descer às suas mãos o beijo, o velhinho dela, como a saltar no riozinho da emoção e a mocinha salvar, se pôs entre eles: “Velho, vá pra lá!” ― disse, empurrando-o.
Ninguém se deu pela desavença passional dos velhinhos. Mas a vida, em ternura para com eles, vibrou pela vovozinha, que partia corações, a abanar com seu leque à furta-cor o que lhe saía do ego massageado: o arzinho de coisa boa.
Silvio Oliveira De
ResponderExcluirè salutar bem cedinho receber um poema do meu amigo e cumpadi, parabens, abraço e otima semana.
Ângela Santos
ResponderExcluirAh que coisa boa sua forma de falar do amor!!! Bom dia meu poeta.
Ivany Fulini Sversuti
ResponderExcluircurtiu ARZINHO DE COISA BOA
Ângela Santos
ResponderExcluirGosto da forma que vc fala do amor, da saudade, dos desencontros... Lindo.
Arzinho de coisa boa é ler um texto seu logo de manhã. Admiro esse seu jeito carinhoso do qual você transmite em seus textos. Bom te lê meu amigo. Carinho da Cida.
ResponderExcluirMario Arita
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Adriele Ávila,
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Sônia Iunes,
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Zelia Freire
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Fatima Galdino
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Tão lindo, amo ler você viu !
ResponderExcluirMeus aplausos por tão sensória criatividade, Marcio. Paira sempre um arzinho de coisa boa a leitura de seus belos textos. Parabéns e um grande abraço,.
ResponderExcluirLúcia Freitas
ResponderExcluircurtiu: ARZINHO DE COISA BOA
Oi, Márcio.
ResponderExcluirA delicadeza dos teus personagens sempre encanta!
Adorei!
Luziene Borges
ResponderExcluirohhh delicia ler textos como esse...vc fala de amor com uma doçura impressionante...parabéns!
Vera del Puente
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Alejandra Sanders
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Que lindo, Márcio!
ResponderExcluirUma doçura de texto.
Você escreve 'que é bom demais de ler'-rs.
Adorei!
Abraço.
Um doce encontro, o resgate de um amor que se teria perdido pelos caminhos da existência. Lindo e doce como doce é o vocabulário empregado no conto.
ResponderExcluirParabéns, querido escritor.
Wanda Morbeck
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Vinicius Rodrigues de Oliveira
ResponderExcluirMuito bom
João Carlos Silvério Duarte,
ResponderExcluircurtiu ARZINHO DE COISA BOA
Que coração se tinge ao manacá, à vista dela? Sei não, viu... Só coração tingido à poesia e bonitezas. Como essa aqui, ô gente! De encanto e encanto, eu aqui. Parabéns.
ResponderExcluirClaudia gisella alvarez morales
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Alejandra Sanders
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Ana Santos
ResponderExcluircurtiu ARZINHO DE COISA BOA
Oi Marcio, lindo!! Arzinho de letras mágicas, parabéns!!Bjs, Van.
ResponderExcluirMarcio já até compartilhei, muito bom, que delícia ler algo assim, quem disse que os velhinhos não vibram e seus corações o primeiro amor, lindo e que feliz a nossa "mocinha" ficou, beijos Luconi
ResponderExcluirJulia Viana
ResponderExcluirMagnífica poesia poeta MarcioBuriti Textos!
LIANA TINS
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